Não são somente os jovens, que em algum momento da sua vida, podem ser acometidos pelo stress. Muitos idosos estão ficando estressados e nem ao menos têm consciência disso.
O stress ligado diretamente ao aumento de idade e o consequente desgaste do organismo origina restrições físicas, e, com isso, alguns sintomas como baixa auto-estima, apatia e vontade de não sair de casa são mais comuns entre os idosos.
A aposentadoria pode causar grandes mudanças no dia-a-dia do idoso, motivando um sentimento de inutilidade, especialmente para aqueles que faziam do trabalho o seu único motivo de existência. É perigoso quando o desemprego bate à porta dos viciados em trabalho pois habituam adoecer, ter depressão, crises existenciais, entre outros
Muitas variáveis podem induzir ao stress na terceira idade, como o estilo de vida, por exemplo. Fumo, alcoolismo, hábitos alimentares impróprios e até questões corriqueiras, como problemas familiares e pressão no trabalho, são somente alguns dos aspectos ligados ao stress que vai se acumulando com o decorrer dos anos e pode surgir no idoso de forma temível.
Na terceira idade as circunstâncias “estressantes” podem levar a preocupações excessivas com relação a situações triviais, alterações cardiovasculares e hipertensão arterial, com diferentes consequências graves se não tratados, como infarto, doenças gástricas e intestinais.
Tais situações podem acarretar distúrbios psicológicos, como depressão ou agitação excessiva, agravar doenças que já estavam tranquilas, como diabetes, por exemplo, e favorecer a queda da imunidade, abrandando a resistência às infecções. Veja como evitar estas situações e Mantenha o Bem-Estar e a Memória Ativa.
É importante ressaltar que, mais do que os anos de vida, o que envelhece uma pessoa é a carga de stress a que essa pessoa foi ou é submetida, retirando sua energia.
É primordial identificar o que está ocasionando o stress do idoso. Para impedir o stress e combatê-lo indicam-se relaxamento, exercícios físicos apropriados para o idoso e feitos regularmente, atividades ligadas à arte e à criatividade, e psicoterapia. Igualmente importante é fazer o que se gosta, contando que não seja prejudicial para a saúde. Atividades ligadas ao raciocínio e à memorização também são recomendadas. Ter pessoas com quem conversar e cultivar amizades também é importante, impedindo assim depressão e stress.
MAS COMO LIDAR COM A TEIMOSIA DO IDOSO?
Com certeza, tudo fica mais simples quando a relação entre pais e filhos ao longo da vida, foi feita por uma convivência íntima e afetuosa. O diálogo calmo e sem imposições pode colaborar a aceitação dessa nova realidade do idoso.
E importante explicar, argumentar, mas sempre demonstrando carinho e preocupação com o idoso, pode ser um caminho para quebrar a impressão que ele tem de estar sendo sempre repreendido em tudo o que faz ou escolhe.
A mesma paciência deve ser agregada quando um filho percebe que aquele tapete ou móvel vai colocar a segurança de seus pais em risco. Resolver sobre o que sempre foi deles, como a arrumação da casa, é hostil, despersonaliza o ambiente e incomoda o idoso. Mas você conhece seus pais e terá sabedoria de como falar para não desvalorizar os argumentos deles.
Quando os filhos saem de casa, os pais percebem essa perda. Aumenta o tédio e eles ficam bem mais carentes de atenção e afeto e muitos habituam cobrar essa atenção de diferentes formas. Como eles nem sempre identificam conscientemente que estão carentes, procuram chamar atenção pela teimosia. Veja que Para os idosos, lutar contra o tédio é essencial para a qualidade de vida.
De tal modo, cabe aos filhos ter a sensibilidade de perceber esse movimento e procurar estar presente mais vezes no dia a dia dos pais e fazer determinadas atividades juntos, como levar as compras, cozinhar ou distribuir tarefas possíveis para eles na arrumação da casa. Isso faz com que esses pais se percebam não somente pertencendo ao universo dos filhos, como também resgata a autoestima deles. É nas atitudes que podemos demonstrar o amor e corresponder todo o carinho com o qual também fomos cuidados.
CUIDADOS COM IDOSOS
Tem também a realidade de muitos filhos que moram com os pais e cuidam de um ou ambos diariamente. Embora que não morem na mesma casa, assumir sozinho a responsabilidade de cuidar de pais idosos pode ser muito desgastante e exaustiva até, especialmente para quem é filho único ou tem irmãos que moram longe.
Quem cuida não deve abandonar de sua vida pessoal. É importante solicitar ajuda, distribuir tarefas, compartilhar responsabilidades. Se for possível, contratar um profissional para acompanhar o pai idoso pode ser uma solução. Mas quando essa possibilidade não é viável, conte com o auxílio de familiares e vizinhos, não somente para os cuidados práticos, mas de maneira especial para cuidados afetivos: bater papo, assistir um programa de TV juntos, fofocar um pouco, ouvir as queixas, ser solidário.
Muitos familiares confiam que basta colaborar com alguma quantia em dinheiro para pagar um cuidador, e terão feito sua parte. Isso é um engano, já que a presença de pessoas queridas é um extraordinário remédio contra a solidão na velhice, nem que seja através de telefonemas diários.
Quando um idoso se sente amado, ele é com certeza menos teimoso, menos ranzinza e será mais afetuoso e compreensivo.
É essencial ter em mente, de maneira especial se o idoso for lúcido e puder decidir sobre sua vida, que a opinião dele a respeito de suas necessidades deve ser respeitada. Alguns escolhem viver sozinhos, então é necessário dar condições para que isso ocorra, falando claramente sobre determinados itens que não podem faltar no que diz respeito à segurança: ausência de tapetes na casa, barras no banheiro, deixar comidas prontas para evitar ao máximo o uso do fogão.
Antes de considerar essa probabilidade como definitiva, é bom averiguar junto à família quem pode abrigar esse idoso e deixar que ele opte em qual casa deseja morar. Passar o fim da vida de casa em casa por curtos períodos de tempo pode não ser uma boa alternativa para ele, que poderá se sentir um estorvo, dificilmente ficará à vontade e ficará sem referência de lar, a menos que ele mesmo manifeste o desejo de viver assim. Veja 8 coisas que você precisa saber sobre cuidados com os idosos.
Todos vamos envelhecer e necessitar de cuidados. Quanto mais saudável for a relação entre pais e filhos ao longo da vida, quanto mais intimidade, cumplicidade, respeito e afeto houver, mais prontamente essa transição se dará e o relacionamento será mais amigável.
As grandes brigas e estresses incidem normalmente, porque quem cuida quer fazer valer sua opinião, seu jeito de arrumar as coisas, esquecendo que o idoso não é um impossibilitado a menos que tenha sido acometido por alguma doença que lhe tire o discernimento.
Fundamentalmente ele quer ser considerado, se sentir incluído, não ser ridicularizado pelas limitações que a idade impõe. O idoso quer carinho, atenção, respeito e consideração. Isso é essencial. Quando ele se sente suprido desse alimento emocional, tudo se torna mais fácil no trato. Mas quando não está emocionalmente nutrido, o lado difícil nasce com mais contundência e ele pode se tornar um ranzinza irrequieto ou entrar num estado depressivo.
Claro que têm situações mais ou menos delicadas ou difíceis, e com certeza a tranquilidade dos relacionamentos depende da boa vontade de todos. O que se deve ter em mente é o dia de hoje. E quanto mais cada um puder dar o melhor de si buscando cultivar a paciência, o bom humor e a atenção às obrigações emocionais de nossos velhos, esse momento da vida não necessitará parecer um fardo para quem cuida, nem um constrangimento para quem é cuidado.