O termo “demência” assusta grande parte da população que pensa apenas na conotação negativa e popular da palavra que indica uma pessoa com sintomas de loucura, mas nos termos médicos demência significa “perda de origem orgânica, frequentemente progressiva, sobretudo da memória, mas que também compromete o pensamento, julgamento e/ou a capacidade de adaptação a situações sociais”.
O estado mais alienado pode demorar anos para se instalar, e os primeiros sinais podem passar despercebidos para os familiares, pessoas mais próximas e até mesmo para a própria pessoa, uma vez que geralmente as características podem ser interpretadas como resultado da senescência natural do ser humano.
Segundo o Dr. Drauzio Varella, estima-se que aos 65 anos cerca de 10% a 15% das pessoas já apresentam sintomas nítidos da doença. Mas como o quadro pode ser traiçoeiro, a família demora a reconhecer considerando que se trata de traços típicos da idade.
Um dos primeiros aspectos observados são as “perdas de memória”. Compromissos são esquecidos com mais frequência, assim como alguns nomes ou até mesmo pessoas, dias da semana, não se lembrar se algo foi feito – até mesmo coisas recentes -, não saber onde guardou determinado objeto, repetir falas e recontar as mesmas histórias.
Todos esses sintomas combinados com outros sinais clássicos, como passividade, dificuldade na locomoção ou quedas frequentes sem nenhum indício de “melhora” pedem uma maior atenção para o idoso, pois podem indicar que eles estão em algum estágio da doença.
Por isso é sempre bom o acompanhamento familiar para ter ciência desses acontecimentos e perceber toda essa mudança de comportamento. A descoberta precoce da demência é o grande desafio dos acometidos dessa enfermidade, mas isto permite adotar uma série de recursos na busca de prorrogar os efeitos mais sérios e na tentativa de retardar o quanto for possível a dependência total do indivíduo.
Nos estágios iniciais onde acontecem principalmente os esquecimentos, existem medidas que podem ser adotadas para tentar amenizar os impactos, e nessa etapa o apoio e compreensão da família é extremamente importante para auxiliar o idoso e deixa-lo mais seguro acerca do ambiente em que ele convive. Quanto mais cedo ele souber a causa dessa “confusão” mental em que ele se encontra, mais favorece a criação de alternativas para tentar burlar as dificuldades e o deixar mais confiante, como por exemplo criar o hábito de anotar os afazeres pendentes, anotar horário de remédios, realizar atividades diárias e buscar muita orientação médica especializada.
A família e as pessoas mais próximas também devem ser orientadas por um profissional para saberem a melhor forma de tratar os desvios do idoso e de como enfrentar a situação que pode, muitas vezes, ser delicada, principalmente com o avanço da doença.
Portanto, qualquer suspeita de comportamentos que se repetem, é de extrema importância buscar ajuda profissional com intuito de ajudar quem sofre do problema e também para entender e por em prática os melhores caminhos para conviver com a enfermidade.
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